No nosso texto anterior do blog, explicamos como o Protocolo de gases de efeito estufa proporciona uma estrutura padronizada para ajudar organizações públicas e privadas medir e reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE), com objetivo final de atingir suas metas ambientais, sociais e de governança (ESG).
DESCRIPTION OF SCOPE 3 EMISSIONS
As emissões do Escopo 3 são agrupadas em 15 categorias,
que incluem:
- Bens e serviços adquiridos de fornecedores
- Atividades relacionadas à energia
- Transporte e distribuição
- Resíduos gerados
- Viagens e deslocamentos de funcionários
- Gerenciamento de produtos vendidos
- Uso de produtos vendidos
- Processamento no fim da vida útil de produtos vendidos
- End of life processing of sold products
POR QUE O ESCOPO 3 É TÃO IMPORTANTE?
De acordo com especialistas no setor, incluindo o protocolo de gases de efeito estufa, para muitas empresas, as emissões de GEE do Escopo 3 representam mais de 70% de sua pegada de carbono. Em alguns casos, essa cifra pode ser de 85% a 95%. Alguns relatórios demonstraram que as emissões do Escopo 3 são 11,4 vezes mais elevadas do que as emissões dos Escopos 1 e 2 juntas.
Como as emissões do Escopo 3 representam a maior parte dos inventários de GEE de uma empresa, é lógico que elas tenham um grande potencial para prevenir os piores efeitos da mudança climática.
De fato, muitos pesquisadores acreditam que, se as empresas de todo o mundo definissem – e atingissem – metas de redução de emissões do Escopo 3, elas poderiam preservar quase imediatamente o orçamento de carbono global, que está diminuindo rapidamente. Em um caso, fornecedores tomaram iniciativas para reduzir as emissões de GEE em 691 milhões de toneladas, ou o equivalente a desativar 160 fábricas de carvão durante um ano. Além do mais, economizaram em conjunto 33,7 bilhões de dólares com isso!
QUAIS SÃO AS VANTAGENS CORPORATIVAS DE REDUZIR AS EMISSÕES DE GEE DO ESCOPO 3?
Além do motivo óbvio de ajudar a combater a mudança climática e proteger o planeta para as futuras gerações, empresas de todos os tipos podem beneficiar-se da redução das emissões de GEE do Escopo 3.
Como indica a Global Compact Network UK, quando uma empresa identifica onde estão os pontos de concentração de emissões em sua cadeia de valores, assim como os riscos de recursos e energia associados, ela pode:
- Determinar quais fornecedores são líderes ou retardatários no que diz respeito a práticas de sustentabilidade; isso pode orientar a seleção futura de fornecedores da empresa
- Identificar oportunidades para aumentar a eficiência energética e reduzir custos em toda a cadeia de suprimentos
- Atingir de modo mais impetuoso suas metas de ESG
- Melhorar a percepção da marca e a fidelidade entre as partes envolvidas, incluindo clientes, parceiros e fornecedores
Uma tendência particularmente interessante é como governos, instituições financeiras e investidores estão utilizando a conformidade de ESG e a redução das emissões de GEE como base para fechar ou abrir suas carteiras.
Em outras palavras, se uma empresa não demonstrar um desempenho adequado para reduzir sua pegada de carbono, pode dizer adeus às ajudas e subsídios do governo ou a novos investimentos de capital de risco ou investidores privados. Para as instituições financeiras, as emissões do Escopo 3 estão realmente incorporadas em suas carteiras de empréstimos, ações e seguros. Como consequência, os altos executivos de muitas empresas estão recebendo uma pressão cada vez maior de suas respectivas diretorias para cumprir seus ambiciosos compromissos de ESG, incluindo a redução drástica de emissões do Escopo 3.
POR QUE AS EMPRESAS SÃO LENTAS EM MONITORAR, MEDIR E REDUZIR AS EMISSÕES DO ESCOPO 3?
Como explica a Deloitte em sua análise recente do relatório de emissões de GEE dos Escopos 1 e 2, “muitas empresas têm menos controle sobre como as emissões do Escopo 3 são abordadas. […] Os fornecedores terão uma influência considerável sobre como as emissões são reduzidas por meio de suas próprias decisões de compra e design de produtos.”
Teoricamente, é muito nobre que uma empresa e toda sua cadeia de valores compartilhem uma visão comum e a disposição para reduzir as emissões do Escopo 3. Porém, ainda permanece um problema enorme: lacunas nos dados e a falta de um processo integrado para coletar, compartilhar e consolidar dados sobre as emissões.
Em uma pesquisa global da Capital Group, “quase a metade dos investidores afirmam que a falta de dados robustos de ESG está atrasando suas empresas.” Uma cadeia de suprimentos complexa, uma grande quantidade de parceiros de fornecimento e processos díspares de captura de dados podem tornar difícil, ou mesmo quase impossível, a geração de relatórios sobre as emissões .
Além disso, a geração de relatórios de GEE depende da transparência, precisão, pontualidade e padronização dos processos de coleta e cálculo dos dados. Qualquer pequeno problema na cadeia da geração de relatórios pode comprometer a qualidade e a confiabilidade gerais das informações intercambiadas. Esse problema é agravado pela complexidade e profundidade da geração de relatórios sobre as emissões de GEE do Escopo 3.
Algumas partes envolvidas na cadeia de suprimentos podem até mesmo relutar em revelar dados sobre emissões, seja por falta de compreensão ou por medo, tanto de infrações de confidencialidade como de ramificações jurídicas.
Outras ainda estão lutando com acesso limitado à tecnologia, inserção de dados realizada por pessoas que podem ter dificuldades para ler e escrever, e acesso problemático à Internet ou processos baseados em papel.
RELATÓRIOS DE CONSULTORAS: SÃO APENAS A PONTA DO ICEBERG DA GERAÇÃO DE RELATÓRIOS DO ESCOPO 3
As avaliações dos Escopos 1, 2 e 3 são muitas vezes consideradas e realizadas como avaliações do ciclo de vida (ACVs). Uma equipe de consultoria interna ou externa recebe a tarefa de medir as emissões de GEE e apresentar um relatório dos resultados à gerência.
O problema dessa abordagem é que são estudos estáticos: os modelos e análises baseiam-se em um período específico e já estão desatualizados no momento em que a gerência lê o relatório.
Como a gerência de uma empresa pode proporcionar a maior transparência e tomar as decisões organizacionais certas com dados desatualizados? Nas economias atuais hiperconectadas e sempre ativas, dispor de dados em tempo real é simplesmente uma necessidade.
PLATAFORMAS DIGITALIZADAS DE RASTREABILIDADE DE PONTA A PONTA: A SOLUÇÃO PARA A GERAÇÃO DE RELATÓRIOS SOBRE EMISSÕES DE GEE DO ESCOPO 3
Para superar os principais obstáculos das avaliações do Escopo 3, cada vez mais empresas estão recorrendo a plataformas de cadeia de suprimentos inteligente que oferecem rastreabilidade de ponta a ponta e em tempo real, tanto acima como abaixo, para todos os possíveis pontos de concentração de GEE da cadeia de valores.
Diferentemente das plataformas de planejamento de recursos empresariais (ERPs), serviços de consultoria e outro software de gerenciamento da cadeia de suprimentos, o Optchain™ da OPTEL, a primeira plataforma de cadeia de suprimentos inteligente do setor, oferece o melhor dos dois mundos: maior visibilidade e gerenciamento em toda a cadeia de suprimentos de uma empresa para otimizar o desempenho, com módulos especificamente projetados para monitorar os pontos de concentração de GEE e detectar oportunidades para atenuá-los quanto a emissões dos Escopos 1, 2 e 3.
O Optchain™ da OPTEL também proporciona uma grande variedade de ferramentas para que as partes envolvidas insiram e gerenciem dados sobre as emissões de GEE com base em seus processos únicos e nível de maturidade tecnológica. Quer saber mais? Agende uma demonstração hoje mesmo.