Imagine você comprando um medicamento na farmácia com um código na embalagem que você escaneia no seu celular e automaticamente recebe todas as informações do produto. Neste momento, você pode confirmar sua procedência, autenticidade, validade, bula, orientações sobre o consumo, etc. A rastreabilidade é o que permite a reconstrução da trajetória de um determinado produto em sua cadeia através de registros. Este mecanismo possibilita saber a origem, a matéria prima utilizada, a localização e a utilização do produto, garantindo a disponibilidade de informação do mesmo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 1 em cada 10 medicamentos é falsificado ou está abaixo dos padrões de qualidade. Ou seja, a rastreabilidade é de extrema importância para o consumidor. Mas isso não se aplica apenas para o setor farmacêutico. Há dois anos, cinco pessoas morreram em um grande surto de E. coli nos EUA envolvendo a alface, com mais de 195 casos registrados. Nenhum produtor, distribuidor ou região foi vinculado ao surto e milhares de alfaces foram desperdiçados. Com a rastreabilidade é possível identificar a origem de produtos e fazer recalls rapidamente em casos como esse.
COMO FUNCIONA A RASTREABILIDADE?
A rastreabilidade de ponta-a-ponta e de maior precisão é implementada ao atribuir (imprimir) um código único em cada item produzido, cujo processo é chamado de serialização. Este, é diferente do código de barras que identifica o lote, ao invés da unidade. À medida que o produto serializado passa pela cadeia de suprimentos, ele possibilita conexão com todos os elos e permite um fluxo de informação para o todo o mercado.