Lembre-se de quando você era uma criança. Imagine que você está no parque temático Epcot, na Disneylândia. Você entra e começa a ver uma decoração surreal, montanhas russas temáticas de seu programa de TV ou filme favorito, então olha para baixo e vê um logotipo do Mickey gravado na tampa de um bueiro, a música toca no volume perfeito, você nota um cheiro único e agradável, as latas de lixo estão dissimuladas entre a decoração. Tudo foi projetado e pensado para ser perfeito.

No entanto, quando Walt Disney abriu o parque de diversões em 1965, o sucesso não foi imediato. Ele decidiu melhorar o ambiente enfocando nas pessoas que visitavam o parque. Para ele a Disneylândia não era apenas um serviço de entretenimento prestado a famílias, era uma experiência completa. Walt Disney caminhava pelo parque de diversões colocando-se no lugar de uma criança. Ele conseguiu encontrar oportunidades para melhorar cada detalhe e criar uma experiência única e ideal ao vivenciar o parque ele mesmo. Essa é a essência do design de experiência do usuário (UX): adotar uma mentalidade enfocada no usuário para criar uma experiência ideal.

Componentes da experiência do usuário

Blog UX

O design de UX estava sendo feito há décadas sem que a maioria das pessoas percebesse. Walt Disney e Steve Jobs nem sequer sabiam que estavam fazendo design de UX. Em grande parte, porque o design de UX é uma mentalidade antes que uma disciplina. Qualquer pessoa pode incorporar uma mentalidade de UX em sua rotina de trabalho. Porém, recentemente, à medida que foi sendo dada uma importância especial a como as pessoas interagem com produtos e serviços, o design de UX ganhou popularidade e tornou-se uma tendência. O primeiro cargo oficial chamado designer de experiência do usuário apareceu na metade dos anos 1990. Desde então, a popularidade do design de UX tem crescido com a evolução da tecnologia.

O design de UX engloba tudo o que um usuário encontra ao usar um produto ou serviço. Um único elemento pode comprometer toda a experiência. Os elementos de uma experiência unem muitas pessoas diferentes em uma organização. Especialistas de todo tipo devem ser envolvidos no processo de construir uma experiência do usuário. Como podemos ver na figura abaixo, vários campos criam uma experiência do usuário ideal.

APLICAÇÃO DO DESIGN DE UX À TECNOLOGIA

Design de UXA experiência do usuário abrange elementos que se relacionam aos sentidos, memória e percepção. Chamados de “fatores humanos”, eles influenciam enormemente a opinião do usuário e a probabilidade de desfrutar da experiência. Esses fatores humanos são um elemento fundamental a ser enfocado para garantir a usabilidade de um produto.

Quando a experiência do usuário não era o campo do design que conhecemos hoje, as empresas estudavam fatores humanos e ergonomia. Dos três tipos de pesquisa ergonômica (física, cognitiva e organizacional), o estudo da ergonomia cognitiva era um dos mais importantes. Durante a terceira revolução industrial, prestou-se especial atenção à tecnologia quando as pessoas compreenderam que havia um relacionamento, quase como uma conversa, entre humanos e máquinas. Como resultado, foi criado o campo da interação humano-computador (IHC) para estudar a combinação de comportamentos humanos e ergonomia cognitiva em relação à tecnologia.

Visão geral de um processo de design de UX

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Dizemos que a IHC foi a precursora da UX. Mesmo apresentando algumas diferenças, a IHC e a UX envolvem o estudo de campos semelhantes. Atualmente, a UX tornou-se um termo comum e popular em empresas e no design de produtos, enquanto que a IHC está mais relacionada ao âmbito educacional e acadêmico. Com a incontável quantidade de produtos e estudos que existem, o design de UX e a IHC são ambos necessários e ambos ocupam um lugar importante no nosso mundo.

À medida que a importância da UX continua a crescer, a OPTEL acredita que ela tem um papel importante a ser desempenhado em nosso desenvolvimento de produtos. Para projetar a melhor experiência de usuário, devemos compreender nossos usuários e o uso que fazem do software.   desempenha um papel essencial na conformação da interação entre humanos e software, levando em consideração como funciona o cérebro do usuário para garantir que ele entenda o software de modo intuitivo. Isso exige um processo de design de UX que pode ser aplicado a um produto novo ou já existente. Passando por várias fases, o processo conduz a uma solução que reduz possíveis frustrações, resolve um problema, ajuda os usuários em seu uso diário do produto e muito mais.

Vários processos de design podem ser aplicados, mas, na OPTEL, acreditamos que não há um único processo fixo que possa ser aplicado a todos os nossos produtos. Isso significa que é necessário adaptar um processo de design para cada produto que for construído ou aprimorado.

Por exemplo, as etapas abaixo são uma representação cronológica das etapas pelas quais normalmente passa um designer de UX. Algumas etapas podem levar mais tempo que outras, dependendo do produto, e algumas etapas vão para a frente e para trás para garantir a qualidade do processo.

O que é importante e valorizado nessas etapas de design de UX é que a compreensão e a pesquisa precedem o projeto. Essa fase de descoberta possibilita conhecer os usuários e clientes, assim como compreender os problemas a serem resolvidos e as necessidades a serem atendidas. O fato de basear o processo nas necessidades dos usuários e a compreensão do problema diminui enormemente o risco de terminar chegando a uma solução inexata.

Ao longo de todas as etapas, as ideias, estruturas e protótipos são testados com usuários possíveis ou reais para garantir que o caminho para a criação ou aprimoramento de um produto ou serviço esteja alinhado com as necessidades dos usuários. Isso é chamado de design enfocado no usuário. Todos na OPTEL somos incentivados a adotar uma mentalidade enfocada no usuário para criar soluções que sejam ideais para nossos clientes; é a essência dos nossos valores.

Procuramos oferecer produtos e serviços que proporcionem uma experiência do usuário ideal. É importante que uma empresa conheça seus usuários para poder desenvolver software e hardware que sejam não apenas utilizáveis, mas também fáceis de usar. Na OPTEL, trabalhamos para aproximar-nos dos nossos usuários e clientes ao conhecer suas necessidades e compreender como eles usam nossos produtos. Nosso objetivo é desenvolver produtos que ofereçam uma experiência de Disneylândia adaptada ao software que foi projetado pensando nos humanos.

UX mockup

A UX ESTÁ NOS DETALHES

Como exemplo de como integramos a experiência do usuário em nosso software, decidimos revisar a interface principal de um programa de software criado na OPTEL. Observamos problemas de usabilidade em um programa interno que nossos funcionários utilizam. Esse software é usado para testar e aprimorar a qualidade e a confiabilidade de nossas câmeras PharmaProof. Como nos importamos com nossos usuários internos da mesma forma que com os usuários externos, queríamos revisar o desempenho da experiência do usuário desse software para aprimorar a usabilidade e desfrutabilidade para nossos funcionários.

A interface é a nova versão que foi reprojetada seguindo o processo de design. Os comentários contextuais explicam algumas modificações que foram feitas na interface.

O PROCESSO

Para compreender claramente os problemas que o usuário encontra, decidimos usar vários métodos de design. Entre outras etapas, pedimos a alguns usuários atuais que nos mostrassem como usam o software em suas tarefas diárias. Para melhor compreender sua realidade, combinamos os métodos Shadowing e Think-Aloud. Sentando-se ao lado do participante, o pesquisador de UX observou as interações entre o usuário e o software, e coletou opiniões verbais em contexto sobre necessidades, frustrações, mal-entendidos e uso de recursos.

Depois, usamos o método de análise de tarefas em colaboração com os usuários para determinar os diferentes usos do software. Pudemos identificar cinco fluxos de usuário que nos ajudaram a entender quando ocorrem os pontos sensíveis. Como queríamos ter certeza de que não perderíamos qualquer informação relevante antes de avançar com o processo de design, realizamos entrevistas estruturadas durante as quais fizemos perguntas específicas para completar nossa pesquisa. Esses métodos nos ajudaram a identificar os principais problemas que os usuários encontram e nos deram uma ideia das partes do software nas quais devemos enfocar.

Ao compilar os resultados, uma das preocupações que queríamos abordar era a iconografia. A interface do usuário não era nossa prioridade, mas descobrimos que um dos problemas de usabilidade era a confusão em torno ao significado dos ícones. Havia uma barra de navegação de ícones, mas muito poucos ícones eram usados. Como há muitas funcionalidades diferentes no software, a barra de navegação era necessária como um atalho para trabalhar de forma mais produtiva.

Decidimos usar o método Card Sorting, que adaptamos para um método Icon Sorting. Os participantes eram solicitados a associar palavras de ação a um ícone de um banco de vários ícones. Esse método nos ajudou a compreender o significado de termos específicos do software para os usuários e a esclarecer alguns termos que eram confusos para eles. A partir das percepções que obtivemos com o método Icon Sorting, procedemos a um novo design dos ícones, o que reduziu o tempo de execução de tarefas desde então. Várias outras modificações também foram feitas, as quais são apresentadas na interface abaixo.

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